9 de fevereiro de 2010

Atriz de pouca memória

Se não me entrego por inteiro:

Sou fraco, raso, distante,

Faço meu percurso sobre o muro.


Se fico na platéia assistindo a minha vida,

Se não mostro minhas inteirezas,

nem escancaro as portas do meu mundo

com medo de perder os brincos, o brilho, a pose,

O muro se desmorona,

A vida nos repreende,

dá o troco

e mostra pouco seu rosto!


Quem pode amar aquele que mente pra si?

Eu não sou o que pensam de mim,

nem o que penso de mim,

Porque o que penso que sou é o começo do que serei

E pra isso não há limites ou fórmulas

há só um querer imensurável

capaz de romper rotinas, estigmas e passados...


Vale a pena

abrir as portas do mundo,

atravessar as avenidas, esquinas e pontes,

escalar rochedos, colinas, montes,

passear pelos os jardins e praças,

E descobrir um EU novo

mais livre e feliz!



Pois além do que acreditamos

está a verdade

o amor que cura tudo com lágrimas e plantas medicinais

é nesse EU que ousamos acreditar!

2 comentários:

  1. "Porque o que penso que sou é o começo do que serei
    E pra isso não há limites ou fórmulas
    há só um querer imensurável
    capaz de romper rotinas, estigmas e passados..."

    lindo...

    http://momentos-diva.blogspot.com/

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  2. Muito profundo!!! Aquele que se deixa contaminar pelo o que a sociedade impõe como perfeito e ideal é um escravo, pois deixa de viver a vida buscando algo inalcançável. Se tivesse essa consciência desde a adolescência teria vivido muito mais e sofrido muito menos. Viva a liberdade!!!!

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